domingo, 14 de setembro de 2008

Conclusão









A REDE URBANA BRASILEIRA

Apenas a parti da década de 40, que se estruturou uma rede urbana em escala nacional. Até então, o Brasil era formado por “arquipélagos regionais” polarizados por suas metrópoles e capitais regionais. A integração econômica entre São Paulo, Zona da Mata nordestina, Meio-Norte e região Sul era extremamente frágil. Com a modernização da economia, primeiro as regiões Sul e Sudeste formaram um mercado único que, depois, incorporou o Nordeste e, mais recentemente, também o Norte e o Centro-Oeste.

As metrópoles concentravam os índices de crescimento urbano e econômico e detinham o poder político em grandes frações do território. É o caso de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. As metrópoles abrigavam, em 1950, aproximadamente 18% da população do país; em 1970, cerca de 25%; e, em 1991, mais de 30%.

A medida que a infra-estrutura de transportes e comunicações foi se expandindo pelo país, o mercado se unificou e a tendência a concentração urbano-industrial ultrapassou a escala regional, atingindo o país como um todo. Assim, os grandes pólos industriais da região Sudeste, passaram a atrair um enorme contingente de mão-de-obra das regiões que não acompanharam seu ritmo de crescimento econômico e se tornaram metrópoles nacionais. Após a Revolução de 1930, que levou Getulio Vargas ao poder, até meados da décadas de 70, o governo o federal concentrou investimentos de infra-estrutura industrial na região Sudeste, que , em conseqüência, se tornou o grande centro de atração populacional do país. Os migrantes que a região recebeu eram, constituídos por trabalhadores desqualificados e malremunerados, que foram se concentrando na periferia das grandes cidades.

Com o passar dos anos, a periferia se expandiu demais e a precariedades do sistema de transportes urbanos levou a população de baixa renda a preferir morar em favelas e cortiços no centro das metrópoles.

A rede urbana interfere na vida das pessoas de maneiras diferentes. As pessoas de classe social mais alta podem aproveitar de tudo numa metrópole, todos os recursos estão a disposição. Mas outros que já não podem nem levar ao mercado o que produzem, são presos aos preços e as carências locais. Para estes a rede urbana não é totalmente uma realidade.

As condições de determinada região determinam a desigualdade entre as pessoas. Por isso, muitos são cidadãos diminuídos ou incompletos.

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